O furacão Irma de categoria 5 atingiu o norte de Porto Rico soprando com ventos de 295 km/h, embora seu olho tenha se mantido nas águas do norte da ilha americana, que nesta quarta-feira sofreu com fortes chuvas e cortes no fornecimento de energia.
O National Weather Service de Porto Rico alertou sobre "condições muito perigosas em toda a ilha" e estendeu até às 23h15 (00h15 de Brasília) o seu aviso de inundações repentinas.
Às 19h00 locais (20h00 de Brasília), o olho de Irma passou a 50 quilômetros ao norte de Porto Rico e se movia a 26 km/h para oeste, em direção à República Dominicana, em uma rota que o levará para a Flórida no fim de semana, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês), com sede em Miami.
No centro de emergências de Fajardo, a leste da ilha principal, os socorristas resgataram cinco pessoas que tiveram o teto de suas casas arrancados ou as janela quebradas, contou um fotógrafo da AFP no local.
Com a chegada do furacão, cerca de metade da população de Porto Rico ficou sem energia e as águas saíam do leito em Río Grande e Naranjito.
As autoridades habilitaram 154 abrigos para 2.000 pessoas.
Os ventos já eram sentidos em San Juan, a capital. Blanca Santiago, que trabalha lavando pratos em um hotel de frente para o mar, lembrou com o respeito o furacão Georges: "foi devastador". Estima-se que Irma seja mais forte.
Os ventos atingem com força as paredes e janelas do hotel onde trabalha, de frente para a praia Isla Verde, em San Juan. "No meu andar sinto como se houvesse fantasmas", brinca Blanca.
Também em San Juan, Carmen Rojas evocou o fantasma de Georges, que em 1998 deixou sete mortos e milhões de dólares em danos. Mas tem a esperança de que Irma não o supere.
"Até agora não foi tão forte, acho que Georges foi pior", afirmou a médica de 38 anos.
O secretário do Departamento de Saúde americano, Tom Price, declarou em emergência de saúde pública Porto Rico e as Ilhas Virgens americanas.
"Estamos mobilizando nossos recursos para enfrentar necessidades de saúde imediatas e nos prepararmos para desafios em longo prazo", escreveu em comunicado.
* AFP