A Jordânia informou Israel que não aceitará o retorno de sua embaixadora em Amã até a abertura de uma investigação sobre o letal incidente envolvendo um segurança israelense dessa missão diplomática - disse uma fonte do governo à AFP nesta sexta-feira (28).
O reino "não permitirá à embaixadora Einat Shlein e ao corpo diplomático retornar antes da abertura de uma investigação séria", declarou a mesma fonte, que pediu para não ser identificada.
A maioria dos membros da embaixada, entre eles a embaixadora, deixou o país após o episódio.
No último domingo (23), um guarda da embaixada israelense em Amã matou dois jordanianos. Segundo o órgão responsável pela Segurança no país, um jordaniano de 17 anos foi instalar o mobiliário na casa desse segurança, em um apartamento da embaixada. Uma briga explodiu, e o rapaz agrediu e feriu o israelense. Este último atirou em represália.
O Ministério israelense das Relações Exteriores relatou, por sua vez, que o jordaniano tentou apunhalar o agente, usando uma chave de fenda.
O proprietário do imóvel, que estava ao lado, também foi morto pelos disparos dados pelo israelense.
Na quinta-feira (28), o rei Abdullah II da Jordânia já havia pedido ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que processe o agente. Também criticou a maneira como ele foi calorosamente recebido pelo premiê em seu retorno a Israel.
Além disso, o rei advertiu Israel sobre o "impacto direto" do incidente nas relações entre os dois países.
* AFP