Confrontos durante greve na Venezuela deixam dois mortos e nove feridos

Dois jovens, de 23 e 24 anos, morreram e outras nove pessoas ficaram feridas durante os protestos desta quinta-feira (20), em meio à greve convocada pela oposição contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e sua Assembleia Constituinte, informou a Procuradoria venezuelana.

Uma das vítimas foi identificada como Ronney Tejera, 24 anos, que participava de uma manifestação no bairro de Los Teques, em Caracas, quando foi "atingido por arma de fogo, ação que provocou sua morte imediata", comunicou a Procuradoria, que não identificou os responsáveis.

Na cidade de Valencia, ao norte de Caracas, Andrés Uzcátegui, 23 anos, morreu durante um confronto na localidade de La Isabelica. Outras seis pessoas também ficaram feridas no ato.

Leia mais:
Oposição venezuelana anuncia greve de 24 horas na quinta-feira
Venezuela declara ex-presidentes da Bolívia, Colômbia e Costa Rica personas non gratas
Sergio Fausto: a oportunidade para a América Latina é histórica

Desde o início da atual onda de protestos contra Maduro, em abril, 99 pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

Durante a greve desta quinta, ocorreram confrontos entre manifestantes que bloqueavam as ruas com barricadas e as forças de segurança, que utilizaram bombas de gás lacrimogêneo e tiros de cartucho para dispersar os protestos. Lojas fecharam e os ônibus não circularam em Caracas e em outras cidades importantes do país.

Em Los Ruices, ao leste de Caracas, manifestantes atiraram pedras em funcionários do canal estatal de televisão VTV e queimaram uma cabine da polícia.

Também ocorreram confrontos nos subúrbios leste e oeste da capital, assim como nos estados de Zulia (Noroeste), Aragua (Centro) e na Ilha Margarita.

Segundo Alfredo Romero, diretor da ONG Fórum Penal, a greve desta quinta, que começou às 6h, deixou ao menos 82 detidos.