Mais de 400 migrantes procedentes da África Subsaariana forçaram as barreiras do encrave de Ceuta, no Marrocos. Eles conseguiram forçar as portas em dois pontos da grade que cerca a cidade espanhola no início da manhã desta sexta-feira, de acordo com a polícia local.
Dois guardas civis e três africanos ficaram levemente feridos. Segundo o ministro do Interior, Juan Ignacio Zoido, que está em Bruxelas, cerca de 20% dos migrantes ainda não foram localizados.
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Imagens postadas por um jornal local, El Faro de Ceuta, mostra dezenas de migrantes eufóricos, alguns sem camisa e sem sapatos, gritando "Espanha!". Também é possível ver alguns com ferimentos na cabeça e nos pés.
A ação desta sexta é a mais importantes do tipo em mais de dez anos, segundo as autoridades locais. A última entrada em massa remonta a 31 de outubro de 2000, quando cerca de 220 migrantes pularam as barreiras de Ceuta, com um saldo de 35 feridos.
O objetivo dos migrantes é alcançar o Centro de EstadaTemporário (CETI), onde podem apresentar seu pedido de asilo. As ONGs de Direitos Humanos costumam criticar o tratamento dado pelas autoridades espanholas aos migrantes nos redutos de Ceuta e Melilla, as únicas duas fronteiras terrestres entre a África e a União Europeia.