O Haiti já contabiliza mais de 800 mortos após a passagem do furacão Matthew, nesta semana. A fúria do vento, que atingiu 230 km/h, fez do Haiti o país mais atingido pelo furacão. O número de vítimas ainda pode crescer, já que muitas áreas estão inacessíveis para as equipes de resgate.
A região mais castigada foi o sul do país, com 300 mil residências danificadas. Somente na cidade de Roche-a-Bateau, 50 pessoas morreram. Na vizinha Jérémie, 80% das casas vieram abaixo.
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Na madrugada desta sexta-feira, a mais recente supertempestade a atingir o continente americano chegou ao Estado da Flórida, nos Estados Unidos, com vento passando de 200 km/h. O fenômeno também passou por alguns países do Caribe.
Veja quais foram os furacões que mais deixaram vítimas na América nas últimas duas décadas:
Manuel e Ingrid (2013, México): 157 mortos
Em meados de setembro, os furacões Manuel, na costa do Pacífico, e Ingrid, na costa atlântica do Golfo do México, causaram chuvas torrenciais que afetaram 22 dos 32 estados mexicanos. Ao menos 157 pessoas morreram e 1,7 milhão perderam suas casas.
Sandy (2012, Caribe e Estados Unidos): 265 mortos
Em 29 de outubro, o furacão Sandy golpeou o Estado de New Jersey antes de atravessar a cidade de Nova York, com ventos com força de furacão em uma região densamente povoada. Deixou cerca de 200 mortos, incluindo 40 em Nova York, provocou inundações maciças e danificou a infraestrutura da cidade. Antes de atingir os Estados Unidos, tinha afetado o Caribe, causando 54 mortes no Haiti e 11 em Cuba.
Hanna (2008, Haiti): 500 mortos
Em 3 de setembro, o furacão Hanna atingiu o Haiti, deixando ao menos 500 mortos. A passagem sucessiva das tempestades Fay, Gustav, Hanna e Ike deixou um total de 1.100 mortos e desaparecidos no período de um mês.
Katrina (2005, Estados Unidos): 1,8 mil mortos
Mais de 1.800 pessoas morreram ao longo da Costa do Golfo dos Estados Unidos entre 29 e 30 de agosto, quando o furacão Katrina tocou terra. Um milhão de pessoas foram evacuadas, e os custos financeiros da tragédia ultrapassaram US$ 150 bilhões. Dez anos depois, Zero Hora foi até a cidade mais atingida pelo fenômeno.
Jeanne (2004, Haiti): 3 mil mortos
As inundações causadas pelo furacão Jeanne entre 17 e 19 de setembro deixaram mais de 3 mil mortos e 300 mil pessoas sem casa.
Mitch (1998, América Central): 9 mil mortos
Entre 26 de outubro e 5 de novembro, o furacão Mitch deixou mais de 9 mil mortos e desaparecidos e 2,5 milhões de pessoas ficaram sem suas casas, a maioria em Honduras e na Nicarágua, dois dos países mais pobres da América Latina. O fenômeno foi acompanhado, ainda, pela erupção de um vulcão no noroeste de Manágua.