Pelo menos nove emigrantes morreram afogados nesta quinta-feira, em uma tentativa de cruzar a fronteira do norte do Marrocos até o território espanhol de Ceuta, segundo um fotógrafo da AFP.
O novo episódio reaviva o dramático tema da pressão migratória na entrada da Europa.
Na manhã desta quinta-feira, a prefeitura marroquina de M'Diq Fnideq, cidade próxima do encrave espanhol, havia anunciado a morte de sete pessoas, entre elas uma mulher. Segundo as autoridades locais, as vítimas faziam parte de um grupo de cerca de "200 imigrantes em situação irregular" que tentaram chegar a Ceuta.
Depois disso, ONGs marroquinas disseram por telefone que um oitavo corpo foi descoberto à tarde. Esse número foi, então, confirmado pelo porta-voz da delegação do governo espanhol em Ceuta.
Anteriormente, essa fonte havia informado que pelo menos 400 pessoas tentaram entrar na cidade autônoma por volta das 7h (4h de Brasília), - tanto pela praia, quanto pelo posto fronteiriço de El Tarajal - , que separa Ceuta do Marrocos. - Todos foram rejeitados - , completou.
A identidade dos mortos ainda não foi divulgada, mas essas tentativas de cruzar a fronteira em busca do sonho europeu costumam reunir imigrantes de origem subsaariana em sua maioria. Segundo o presidente do Observatório do Norte de Direitos Humanos, Mohamed Benaissa, os camaroneses eram majoritários no grupo clandestino.
- Esse drama mostra, mais uma vez, os riscos tomados pelos candidatos à emigração clandestina, que põem suas vidas em risco - , declarou a prefeitura de M'diq Fnideq.
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Nove emigrantes morrem afogados ao tentar chegar a Ceuta, na Espanha
Episódio reaviva o tema da migração para o continente europeu
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