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Silvio Berlusconi, condenado a sete anos de prisão por abuso de poder e prostituição de menor no caso Ruby, falsificou provas e corrompeu testemunhas, segundo o tribunal de Milão.
De acordo com a imprensa italiana, o tribunal observou "a capacidade" do Cavaliere de "persistir no crime", principalmente com "a alteração sistemática de evidências" e "a compra de testemunhas".
Há também evidências, segundo os juízes, de que Berlusconi "organizava as exibições sexuais de jovens mulheres, permitia a realização das chamadas festas Bunga Bunga durante as quais as convidadas do sexo feminino deviam atender a seus desejos".
Em 24 de junho, o magnata da mídia foi condenado pelo caso Ruby, o apelido da jovem marroquina objeto da atenção do Cavaliere. Além da pena de prisão, ele recebeu uma proibição de exercer cargos públicos.
Ele recorreu da decisão e um novo julgamento está agendado para 2014.
Segundo os juízes, "está provado que ele manteve relações sexuais com Ruby em troca de dinheiro ou objetos valiosos, como joias".
Dada a cronologia dos fatos e documentos fornecidos, "não há dúvida de que o condenado tinha consciência que Ruby era menor de idade".
A jovem marroquina estava "inserida" no sistema de prostituição em Arcore, na mansão do ex-chefe de governo, asseguram os juízes, que registraram "fortes pressões" exercidas por Silvio Berlusconi para que o caso não avançasse.