Os especialistas das Nações Unidas confirmarão, em um relatório a ser divulgado na próxima semana, que foram utilizadas armas químicas em um ataque perto de Damasco, afirmou nesta sexta-feira o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon.
- Acredito que o relatório será um relato avassalador de que armas químicas foram utilizadas - declarou Ban, que aproveitou para lançar novas críticas ao presidente sírio, Bashar al-Assad.
Ban também forneceu uma estimativa da ONU de que 1,4 mil pessoas foram mortas no ataque, ocorrido em 21 de agosto, que desencadeou ameaças ocidentais de uma ofensiva militar contra as forças de Assad.
Inspetores da ONU estavam na Síria para iniciar uma investigação sobre o uso generalizado de armas químicas no conflito, que assola o país há 30 meses, quando o suposto ataque químico ocorreu. Os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França acusam as forças de Assad pelo ataque. Já o governo sírio, apoiado pela Rússia, alega que os rebeldes da oposição foram os responsáveis por lançar o gás tóxico.
O líder da equipe de investigação da ONU, Ake Sellstrom, deve enviar seu relatório a Ban na segunda-feira. Até agora não foram divulgados detalhes do documento. Sellstrom não é autorizado a dizer no documento quem realizou o ataque. Ban não acusou o regime de Assad pelo ataque de 21 de agosto, mas declarou que o líder sírio é culpado de "vários crimes contra a humanidade".
Conflito na Síria
Relatório da ONU confirmará uso de armas químicas, diz Ban Ki-moon
Conforme o secretário-geral da organização, o documento será entregue na próxima semana
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