O desemprego na Espanha voltou a subir no primeiro trimestre, afetando mais de 6,2 milhões de pessoas (27,16% da população ativa do país).
A notícia levou milhares de jovens a protestar diante do Congresso hoje para pedir a renúncia do governo.
Manifestantes e policiais protagonizaram violentos confrontos à noite, em Madri, em frente à câmara baixa do Parlamento espanhol. A manifestação foi convocada por meio das redes sociais sob o lema "Sitiar o Congresso". Equipados com capacetes, escudos e armas de balas de borracha, os policiais agrediram com cassetetes várias pessoas que jogaram garrafas e pedras, e dispararam fogos de artifício contra a polícia.
Quatro jovens identificados como integrantes de grupos anarquistas foram presos pela manhã quando "pretendiam provocar incêndios na capital", segundo o Ministério de Interior, assim como 11 pessoas que tinham se trancado em um edifício da Universidade Complutense de Madri.
Outros três homens foram detidos durante o protesto, entre eles um adolescente que levava em sua mochila elementos para fabricar um explosivo caseiro, informou a polícia.
Um ano depois de aplicar uma flexibilização do mercado trabalhista para fomentar a contratação, em meio a uma recessão que ameaça se ampliar durante 2013, a Espanha registrou, nos primeiros três meses, 6.202.700 desempregados, 237,4 mil a mais do que no trimestre anterior, segundo as cifras oficiais.
Amanhã, o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, no poder desde dezembro de 2011, deve anunciar novas reformas econômicas. Rajoy prometeu que os cortes não serão tão drásticos como os aplicados do ano passado, quando teve início o plano de ajuste de 150 bilhões de euros até 2014.