Moradora de New Orleans há 3 anos, a gaúcha Gabriela Pfeifer Gautreaux, 28 anos, relata os efeitos do furacão Isaac que atingiu o Estado de Louisiana . Porto-alegrense do Partenon, Gabriela foi para os Estados Unidos como intercambista e se casou com um americano. Da sacada de casa, no bairro French Quarter, área turística e uma das partes mais elevadas da cidade, é possível avistar o forte vento e chuva nas ruas desertas do município.
- É muito vento, muita chuva. Só o que vemos nas ruas são carros da polícia circulando - relata.
Com o celular, Gabriela fez imagens da situação nas ruas da cidade.
Há exatos sete anos, o furacão Katrina arrasou New Orleans, matando 1,8 mil pessoas. O marido de Gabriela, Seth Gautreaux, gerente de um café, estava lá. Hoje, conta por que os moradores decidiram encarar o Isaac de frente:
- Os sistemas de proteção foram reforçados. Estamos mais preparados.
A prefeitura de New Orleans alerta há dias para a chegada da tempestade, que chegou ao estado de Louisiana ontem à noite com ventos de 130 km/h. O casal fez estoques de comida e de água, comprou lanterna e velas para se preparar para ficar sem energia por três dias. Eles ainda têm a alternativa de ir à casa de um familiar que instalou um gerador na residência para enfrentar momentos como esse.
- A rotina já mudou dias antes. Eles sabem o que fazer até mesmo se for preciso sair da cidade, o que não foi o nosso caso - diz Gabriela, que passa seu primeiro furacão na cidade que aprendeu com a tragédia, e gravou os vídeos para mostrar à família no Rio Grande do Sul.