
Hoje, no sexto dias de conflitos em Aleppo, o governo do país registrou mais duas baixas no corpo diplomático. A Casa Branca informou esta quarta-feira que dois novos embaixadores sírios, a serviço no Chipre e nos Emirados Árabes Unidos, renunciaram aos cargos, e avaliou que se trata de mais um sinal de que os dias do regime de Bashar Al-Assad estariam "contados". A bordo do avião oficial Air Force One, o porta-voz o presidente americano, Barack Obama, Jay Carney, declarou a jornalistas que o fato é um "novo sinal de que altos funcionários próximos a Al-Assad fogem do governo pelos atos desprezíveis encabeçados por Al-Assad contra seu próprio povo".
Enquanto o conflito se agrava e o governo tenta desalojar os rebeles de Aleppo e de Damasco, as duas principais cidades do país, a Turquia bloqueou ontem a passagem de caminhões pela fronteira com a Síria e, assim, suspendendo as relações comerciais. O ministro de Economia turco, Zafer Caglayan, disse que a Turquia exportava alimentos e material de construção para toda a região, ainda que o volume das exportações já haviam sofrido queda de 87% desde março de 2011, quando teve início a repressão de Al-Assad.
Analilstas veem ligações
de rebeldes com a Al-Qaeda
Embora a oposição ao regime de Bashar al-Assad tenha, em geral, a simpatia da opinião pública, analistas da inteligência americana acreditam que células terroristas da Al-Qaeda podem estar operando junto aos rebeldes.
Conforme o jornal espanhol El País, agentes da CIA acreditam que o grupo se infiltrou na Síria pela fronteira com o Iraque.
Ainda ontem o Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou os Estados Unidos de estarem justificando ações terroristas contra o governo de Al-Assad.