Um território outrora proibido agora está tomado por tubos de pasta de dente, loções pós-barba, sapatos, ovelhas e pombos.
Até oito meses atrás, qualquer um que simplesmente caminhasse diante do complexo de Bab al-Aziziya poderia parar atrás das grades.
Bab al-Aziziya, antes o misterioso espaço de Muamar Kadafi em Trípoli, na Líbia, foi saqueado e entregue ao povo em grande estilo. Após mais de 40 anos no poder, o ex-ditador foi assassinado em outubro, mas sua derrota é revivida novamente todos os dias pelas pessoas que utilizam o local que uma vez constituiu o centro do regime.
O espaço agora é uma mostra de um poder humilhado. Virou cenário de uma feira livre que ocorre às sextas-feiras, com transeuntes indiferentes à história sombria dos arredores.
No mesmo lugar onde o ex-ditador costumava receber líderes estrangeiros, fazer discursos belicosos ou simplesmente desfrutar de sua piscina, hoje crianças fazem traquinagens.
Um motorista de táxi que visitava o local lembrou que, há cinco anos, ele foi detido e interrogado durante uma hora quando seu carro estragou diante dos muros altos do complexo.
- Você não vai ver o sol amanhã - disseram os interrogadores a Saad Amar el-Arabi.
Leia a matéria completa na Zero Hora desta sexta-feira
