Ação coordenada entre Ministério dos Povos Indígenas, Ministério do Meio Ambiente, Funai, Ibama, Força Nacional e Polícia Federal (PF) localizou um ponto de garimpo ilegal a menos de 15 quilômetros de uma comunidade de povos indígenas isolados, em Roraima. A identificação ocorreu em sobrevoo na sexta-feira (10), em meio à Operação Libertação, iniciada pela PF.
A Funai informa que se trata de uma aldeia do povo Moxihatëtëa, comunidade isolada e monitorada desde 2010.
Ações na região foram implementadas após ser identificada grave crise humanitária entre os yanomami, com registro de mortes em razão da desassistência em saúde. No último dia 20, o governo federal declarou emergência em saúde pública de importância nacional no território.
A operação para retirada de invasores e garimpeiros é uma resposta à degradação ambiental causada pela exploração de ouro, que contribuiu para a crise sanitária e de saúde à qual os indígenas vem enfrentando. Milhares de garimpeiros já fugiram da região.
Com duração determinada até segunda-feira (13), a Força Área Brasileira (FAB) criou três corredores aéreos para saída voluntária do território. Com isso, Roraima aumentou o policiamento em Boa Vista e em mais quatro cidades, para coibir ações criminosas envolvendo os garimpeiros que deixam a terra indígena.
Operação da PF
A Polícia Federal iniciou na sexta-feira ações para coibir o garimpo ilegal em terras yanomami, no âmbito da Operação Libertação. Os trabalhos visam à interrupção da logística do crime, com foco na inutilização da infraestrutura usada para a prática do garimpo ilegal bem como a materialização de provas sobre a atividade criminosa.
A força-tarefa é liderada pela PF e composta por Ibama, Funai, Força Nacional e Ministério da Defesa. Nesta fase, forças policiais atuam na interrupção do delito, por meio da destruição de maquinários e meios dedicados ao crime. O objetivo é proteger a população yanomami e erradicar o garimpo ilegal.