
Um local que era sinônimo de tranquilidade, nos últimos anos, tem despertado o medo e a insegurança de muitos frequentadores. Devido ao contingenciamento de gastos desde 2014, o campus da Universidade Federal de Santa Maria, na região central, conta com cada vez menos vigilantes. O corte chegou a 30% nos profissionais da área da segurança e nem os animais que passam por tratamentos ou que são usados em pesquisas estão a salvo da ação de criminosos. Somente neste ano, seis animais foram mortos, maltratados ou roubados dentro do campus.
O último caso aconteceu no último domingo (18), quando um pônei ficou ferido. Professores do Hospital Veterinário Universitário (HVU) acreditam que ele tenha sido alvo de uma tentativa de roubo e que o equino só não foi levado pelos bandidos porque quebrou a perna.
Ao longo do ano, três vacas e uma ovelha, todas prenhas, foram carneadas dentro do campus. A carne mais nobre foi levada e o resto foi deixado no pasto. Além disso, um cavalo foi roubado, mas foi encontrado em um campo próximo à universidade.
A reitoria diz que, em função dos cortes de verbas pelo governo federal, que acontecem desde 2014, setores como manutenção, limpeza e segurança tiveram que ser reduzidos. Antes, dois vigilantes faziam a segurança da região onde ficam os animais. Agora, não existe mais um ponto fixo, apenas patrulhamento. Além disso, a UFSM diz que estuda fechar algumas áreas do campus, principalmente aos finais de semana, para tentar melhorar a segurança dos animais.