Levantamento da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), que reúne as seis empresas de ônibus de Santa Maria, aponta que, ao menos, 70% dos pontos de paradas do transporte coletivo apresentem algum tipo de problema estrutural. Ou seja, são 1,2 mil que contabilizam alguma inconsistência: falta de cobertura e bancos, mato alto e falta de sinalização. Situações assim são relatadas diariamente à reportagem da Gaúcha SM por ouvintes.
— Temos paradas, por exemplo, que são apenas uma placa ou, ainda, um abrigo danificado. Em casos mais graves, mas nem menos recorrentes, temos ‘nada’. Muitas vezes, é o olho do motorista, por estar habituado àquele itinerário, que sabe onde tem de parar — relata o empresário Edmilson Gabardo, que integra a direção da ATU.
À reportagem, a Secretaria de Mobilidade Urbana encaminhou e-mail em que afirma que “cerca de cem paradas precisam de algum tipo de reparo”. O número, conforme a prefeitura, consta em um levantamento feito pelo consórcio SIM (Sistema Integrado Municipal).
Ainda assim, a prefeitura reconhece que falta um mapeamento detalhado dos pontos e dos abrigos de ônibus no município. Isso se dá pela inexistência de um inventário, diz a Secretaria de Mobilidade Urbana. O Executivo afirma, contudo, que há um levantamento dos pontos, realizado no ano passado, que serão contemplados quando for aberto processo licitatório do transporte, o que deve ocorrer em 2020.
A secretaria afirma que há um cronograma de trabalho que busca viabilizar melhorias nas paradas e abrigos de ônibus. Mas o fluxo observa, entre outros, demandas mais emergenciais que sejam apresentadas pela população e também pelas empresas. A pasta afirma que o cronograma é executado “permanentemente, mas é totalmente variável, uma vez que depende, entre outras questões, do número de pessoal, material disponível e condições climáticas”.
Em maio do ano passado, às vésperas da votação do preço da tarifa – que saiu de R$ 3,60 para R$ 3,90 –, o secretário de Mobilidade Urbana, João Ricardo Vargas, disse à reportagem que o aumento do valor ficaria condicionado a melhorias em 85 paradas de ônibus. Conforme a secretaria, desde o último aumento, “foram reformadas e instaladas/reinstaladas em torno de 60 abrigos”.