Um dos companheiros mais frequentes de Paulo Sant'Ana nas jornadas da Rádio Gaúcha, Cláudio Brito lamentou a perda do amigo nesta quarta-feira (19). Falando sobre a morte do comunicador, Brito lembrou dos tempos que Sant'Ana, quando era escrivão de polícia, foi a Tapes trabalhar e ficou amigo da sua família.
– Nesta ocasião, como escrivão de polícia, na década de 60, ele começou a carreira policial. Foi para a cidade de Tapes, onde começou a amizade da minha família com ele. Quando volto de São Paulo para o Rio Grande do Sul, encontro Pablo em Tapes, amigo dos meus pais. Depois nos encontramos no Sala, onde ele, de peito aberto, revelou-se gremista, e fui viver com ele como colega, e companheiro das noites. O Sant'Ana sempre foi boêmio, sambista, e na década de 70 teve frequência como cantor, no Chão de Estrelas. Foi muito amigo do Lupicínio, conviveu com o Jamelão por conta disso. Eu ficaria aqui uma semana, um mês, falando de Paulo, quando ele assume a condição de Pablo, e tudo que sabemos do folclore que o envolve. Colunista de jornal, que sucedeu Carlos Nobre na penúltima página de Zero Hora, e as pessoas com o hábito de ler o jornal de trás para diante.
O querido Paulo Sant'Ana que foi companheiro tantas vezes na cobertura de Carnaval. Saímos quantas vezes nos Imperadores do Samba. Ele era vermelho e branco no Carnaval – disse Brito.
– É inesquecível a imagem do Sant'Ana com o De León – completou Brito.