O mercado brasileiro ainda está freado, mas a caxiense Marcopolo já esboça uma reação de vendas, puxada pelas exportações.A empresa fechou o primeiro trimestre do ano com avanço de 29,5% em sua receita líquida, que alcançou de janeiro a março R$ 554,6 milhões, contra R$ 428,3 milhões no mesmo período de 2016.
Desde o final de 2015, a fabricante de ônibus vem trabalhando fortemente para consolidar e conquistar mercados no Exterior. No primeiro trimestre, o faturamento de exportação atingiu R$ 203,8 milhões, com alta de 107,1%. Já as receitas no Exterior, a partir das operações internacionais, cresceram 46,3% no trimestre, totalizando R$ 201,0 milhões. E mais: a receita líquida também foi impactada positivamente em R$ 84,9 milhões pela incorporação da Neobus, cujo desempenho somente passou a ser incluído no balanço da Marcopolo em agosto de 2016.
– Mesmo assim, sem a consolidação, a receita líquida da Marcopolo foi 9,7% superior em relação ao primeiro trimestre de 2016 – explica José Antonio Valiati, diretor de Relações com Investidores e de Controladoria e Finanças.
A saber: a produção consolidada da fabricante foi de 2.010 unidades nos primeiros três meses do ano – das quais 1.394 unidades fabricadas no Brasil e 616 no Exterior.
– Apesar de ter dado sinais de início de retomada, o mercado brasileiro de ônibus apresentou, no trimestre, volumes ainda abaixo dos níveis históricos e normais de produção, o que impediu um melhor desempenho. A produção total brasileira foi 33,5% inferior à do primeiro trimestre de 2016, com 1.366 unidades, contra as 2.055 unidades produzidas no mesmo período do ano passado – salienta Valiati.
Já a participação de mercado da Marcopolo na produção brasileira de carrocerias cresceu e alcançou 46,8% no período, com destaque para o segmento de rodoviários, que alcançou 68,2% de participação de mercado. A saber: o lucro bruto do primeiro trimestre atingiu R$ 61 milhões, com margem de 11%, contra R$ 56,2 milhões e margem de 13,1% no mesmo período do ano passado.
A margem bruta foi pressionada pela redução de dias de faturamento, decorrente das férias coletivas em janeiro e março, bem como pela valorização do real frente ao dólar americano, que afetou as margens na exportação. Com isso, o lucro líquido foi de R$ 3,2 milhões, 63,6% inferior aos R$ 8,8 milhões registrados no primeiro trimestre de 2016.
Caixa-Forte
Marcopolo, de Caxias, cresce 29,5% no primeiro trimestre do ano
Exportações e incorporação da Neobus puxaram desempenho
Silvana Toazza
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project