Agentes da Polícia Federal, do Ministério Público federal e da Receita Federal realizam uma operação na manhã desta terça-feira que tem como alvo Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do governo Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro. Cortês, além dos empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, foram presos.
A investigação, que teve como base a delação do ex-subsecretário de saúde Cesar Romero Viana Junior, apura fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).
Segundo a Polícia Federal, as licitações eram direcionadas para beneficiar empresários investigados em troca do pagamento de propina no valor de 10% dos contratos.
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A operação também apura desvios na secretaria estadual de Saúde, com o pagamento de propina para o esquema criminoso comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral. Com base nas informações do delator, a estimativa de desvio é de cerca de R$ 37 milhões somando os desvios no Into e na secretaria de Saúde.
Batizada de "Fatura Exposta", a operação cumpre também dois mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão em vários endereços.
Os presos serão indiciados por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Côrtes foi diretor do Into de 2002 a 2006, com uma breve atuação como interventor federal na crise da saúde municipal em 2005. Em janeiro de 2007, ele assumiu a Secretaria Estadual de Saúde, onde ficou até 2013.
Em nota, a Rede D'Or São Luiz afirma que os eventos citados na investigação dizem respeito ao período anterior à sua contratação na empresa.
Leia a íntegra:
"A companhia esclarece que diante dos fatos ocorridos, na data hoje, foi decidido pelo desligamento imediato do Dr. Sérgio Côrtes.
O médico passou a integrar a diretoria da companhia em junho de 2014, atuando na área médico-assistencial. Os fatos e eventos citados em investigação dizem respeito ao período anterior a sua contratação".