Só agora, 46 anos depois, o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação sobre a morte do militante de esquerda Carlos Marighella, fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN), em 4 de novembro de 1969. Essa é, ainda, a primeira vez que a equipe de policiais do delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), que foi o símbolo da repressão na ditadura, será investigada por um crime político.
Fleury comandou a operação que matou Marighella. Ela foi realizada por 43 homens, entre civis e militares. A decisão de apurar é do procurador da República Andrey Borges de Mendonça, que já começou a tomar depoimentos de testemunhas.
– É sempre importante que a verdade seja descoberta – disse o procurador aposentado Hélio Bicudo, que denunciou Fleury pelos crimes comuns em ações do Esquadrão da Morte – bando de policiais que executava bandidos nos anos 1960 e 1970.
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Investigação sobre a morte de Marighella é aberta 46 anos depois
Será a primeira vez que a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury, símbolo da repressão na Dops, será investigada por um crime político
Estadão Conteúdo