Uma disputa entre a prefeitura de Porto Alegre e o governo do Estado atrasou em oito horas um dos trâmites burocráticos mais difíceis da vida de Ana Paula Dalmolin: encaminhar para a funerária o corpo de seu pai, que morreu em casa, na tarde de sábado. Obter o atestado de óbito exigiu a contratação de um médico particular, depois que o Samu, um centro de saúde municipal e o Departamento Médico Legal e se negaram a prestar o serviço. A razão: há um mês, o governo estadual repassou a responsabilidade de fazer a verificação de óbitos não violentos para as prefeituras e, em Porto Alegre, um jogo de empurra começou.
Saúde
Filha espera oito horas para liberar corpo de pai por disputa entre Estado e Capital
Após governo estadual deixar de emitir atestado de óbito para mortes não-violentas, espera pelo documento aumentou em Porto Alegre
Fernanda da Costa
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