O juiz federal Sergio Moro, que conduz as ações da Lava-Jato, concedeu o prazo até 25 de julho para o Ministério Público Federal ouvir os empresários Vinicius Veiga Borin, Luiz Augusto França e Marcos Pereira de Sousa Bilinski. Os três são os novos delatores da operação.
Único a prestar depoimento até agora, Vinicius Borin afirmou que a Odebrecht teria adquirido um banco para pagar propina no Exterior. Segundo o executivo, o Meinl Bank Antigua, supostamente da empreiteira, movimentou pelo menos US$ 1,6 bilhão.
Leia mais
Ministro do STJ pede mais rigor em acordos de leniência
A história de Sergio Moro, o juiz que sacudiu o Brasil com a Lava-Jato
Conta de João Santana teria recebido US$ 16,6 milhões da Odebrecht, afirma delator
A Procuradoria havia pedido na sexta-feira a homologação dos acordos de delação dos três. Na ocasião, a força-tarefa da Lava-Jato anexou aos autos o depoimento de Vinicius Borin e os três termos dos acordos de colaboração premiada, com as cláusulas que os executivos deverão cumprir.
Durante audiência na tarde de segunda-feira, Moro suspendeu os depoimentos dos três empresários que estavam marcados para quarta-feira. A medida foi pedida pela defesa de Luiz Eduardo da Rocha Soares, ligado à Odebrecht, até que sejam finalizados os depoimentos e homologados os acordos de colaboração.
"Concedo ao Ministério Público Federal prazo até 25 de julho para colheita dos depoimentos no acordo de colaboração dos três e sua apresentação em juízo, juntamente com gravação dos áudios vídeos pertinentes", determinou o juiz da Lava-Jato.
Em infográfico, confira os desdobramentos da Lava-Jato: