Contrariando a decisão de 18 escolas de todo o Estado que decidiram encerrar as ocupações na quinta-feira, os jovens que estão acampados no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza prometem manter o movimento pelo menos até domingo. Se até lá o governo do Estado se comprometer formalmente a reformar o colégio, os estudantes deixarão o colégio para que a situação seja completamente normalizada na segunda-feira. Do contrário, seguirão ocupando o prédio por tempo indeterminado, garante Leonardo Cechin, 17 anos, integrante da ocupação.
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Na terça-feira, representantes de 18 escolas ocupadas participaram de audiência de conciliação com a Secretaria Estadual da Educação, em Porto Alegre. A decisão foi de sair dos colégios até quinta-feira ao meio-dia. Os alunos também deixariam os prédios em condições de receber aulas ainda na quinta-feira. De acordo com a titular da 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), Janice Moraes, representantes do Cristóvão não participaram do encontro.
Os alunos envolvidos na única ocupação que continua em Caxias querem que o governo do Estado assine um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) se comprometendo a realizar uma ampla reforma na escola. Ainda em 2011, o Cristóvão havia sido indicado como escola modelo na região para o extinto – e não realizado – Plano de Necessidades de Obras (PNO), que serviria de modelo para as melhorias.
O Cristóvão de Mendoza está ocupado desde o dia 19 de maio. As aulas foram retomadas quase três semanas depois, após um grupo de pais decidir também ocupar a escola e tomar dois prédios, onde as turmas estudam desde o último dia 8. Um único prédio segue sem aulas e é onde se concentram os cerca de 20 alunos que continuam na ocupação – apenas parte deles comparece às aulas.Até ontem à tarde, a coordenadora da 4ª CRE aguardava um retorno da Secretaria da Educação quanto ao pedido dos alunos.
Segundo Janice, o modelo de recuperação das aulas perdidas será definido após o fim da ocupação.Caxias do Sul chegou a ter cinco escolas ocupadas: Apolinário Alves dos Santos, Emilio Meyer, Aristides Germani e EETCS já encerraram os manifestos.
Ensino
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