Em reportagem publicada na quinta-feira, o jornal americano The New York Times questiona o perfil e a idoneidade de líderes pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na reportagem, o veículo comenta que a petista é julgada pelo processo das pedaladas fiscais, e não por ter cometido crimes em benefício próprio.
Em tom comparativo, o texto elenca acusações de corrupção contra nomes como o do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é réu na Lava-Jato, e do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), conhecido pelo slogan "Rouba, mas faz". "Dilma é algo raro entre as principais figuras políticas do Brasil: ela não foi acusada de roubar para si mesma", diz o jornal.
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O The New York Times também diz que o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), que poderá assumir a presidência em caso de saída de Dilma, já foi citado por suposta participação em um escândalo de aquisição de etanol na BR Distribuidora.
Além disso, o jornal ainda menciona os nomes de parlamentares como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado Éder Mauro (PSD-PA), que figura em processo que apura crimes de tortura.
"Alguns dos legisladores [..] estão enfrentando graves acusações de corrupção, fraude eleitoral e abusos dos direitos humanos, dando curso a um debate nacional sobre a hipocrisia entre os líderes do Brasil", avalia a reportagem.