A notícia da morte precoce de Giovani Carter Manica, 44 anos, em um acidente de trânsito na BR-158 em São Gabriel comoveu amigos, familiares. políticos e ex-colegas de trabalho do ex-secretário.
O velório será no Cemitério Santa Rita, na Faixa Velha de Camobi. Na sexta-feira, às 10h o corpo segue para São Leopoldo onde deve ser cremado na primeira hora da tarde.
Segundo o pai do ex-secretário, Augusto Manica, a família atende um desejo do filho:
- Ser cremado era um desejo dele. Faremos isso. Nessa hora só consigo dizer que sentimos uma barbaridade e que ele fará muita falta.
Manica era casado com Mariana e pai de Antônia, de 6 anos. Ele era filho de Augusto e Clarice, e irmão de Cristhian e Alexandre.
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De acordo com a empresária Cida Rocha, 49 anos, ela e o marido Ircon Vey, 60 anos, mantinham uma relação de trabalho, proximidade, amizade e respeito com Manica há mais de 20 anos. Muitos foram os finais de semana na fazenda da família do ex-secretário, as viagens, entre elas a ida a Cancun e ao Rio de Janeiro. Ela conta, inclusive que, por volta das 20h desta quarta-feira, Manica havia ligado para falar sobre assuntos judiciais e que até combinaram de se encontrar:
- Além de amigo, era meu advogado. Conversamos sobre um processo e convidei ele para ir a uma pastelaria conosco. Fomos e ele não apareceu, não ligou ... Hoje (quinta-feira) acordei às 8h e vi que tinham duas chamadas dele para meu celular. Liguei de volta para convidá-lo para almoçar, mas ele não atendeu.
Ainda, conforme Cida, Manica era um pai exemplar. Entre seus hobbies estavam a lida campeira. Tinha paixão por motocicleta e pelo quadriciclo. Pessoalmente, era alguém que marcava presença por onde passava pelo jeito espontâneo e carismático de ser:
- Era uma pessoa simples e maravilhosa, beijava todo mundo. Era aquele que ligava a qualquer hora para saber como eu estava. Um irmão, um amigo de fé que vai fazer muita falta - lembrou emocionada a empresária.
O vice-prefeito José Haidar Farret (PP) que trabalhou com Manica, quando o então progressista foi prefeito da cidade, lembra que Manica buscou levar a inovação para dentro do poder público e fortalecer o empresariado local:
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_ Ele entendia que a cidade precisava constantemente se atualizar e se modernizar. A prestação dos serviços públicos e a bandeira de uma gestão eficiente e pró-ativa sempre nortearam a atuação dele no governo municipal. Por tudo isso, a cidade perde com uma mente privilegiada que sempre queria o melhor para Santa Maria.
Ana Beatriz Barros, que é secretária de Finanças da administração Schirmer e que trabalhou com Manica na época em que ele foi vereador (entre 1997 a 2000), recorda que a passagem dele pela Casa ficou marcada pelo perfil conciliador e agregador.
- Era próprio dele chamar os vereadores e dizer "se é o melhor para a cidade, não tem dessa de situação ou de oposição". Ele sempre teve uma postura de respeito à coisa pública e ao erário. Prova disso é que, quando ele presidiu a Casa (em 2000), o TCE aprovou as contas da sua gestão sem ter tido um apontamento. Isso é uma clara demonstração de que ele tinha uma conduta ilibada.