Ainda faltam três meses para o caso do servidor do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) suspeito de abusar de gestantes completar um ano e ainda não há definição sobre a sua situação como funcionário. O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apura a conduta do homem de 32 anos foi prorrogado pela quarta vez. O último prazo se esgotou nesta quinta-feira. Uma nova portaria será publicada na segunda-feira, estendendo as investigações por mais 60 dias.
Polícia Federal indicia homem que se passava por médico para abusar de pacientes no Husm
De acordo com Paulo Ricardo de Jesus Costa Filho, da Comissão Permanente de Sindicância (Copsia), que é responsável pelo PAD, o procedimento foi prejudicado por diversos fatores. Primeiro, havia dificuldade para ter acesso ao servidor, já que ele estava proibido pela Justiça a entrar em locais de domínio da UFSM. Depois foram a greve e as férias que atrapalharam. Agora, o afastamento de uma integrante da comissão por licença maternidade atrasou o PAD mais uma vez.
Processo é prorrogado mais uma vez e ainda não há definição sobre futuro de servidor do Husm
- Já pedimos a substituição dessa servidora e foi isso que acabou gerando um atraso no processo. Agora o restante dos membros que estavam em férias voltam e na portaria também será publicada a substituição dessa integrante por outro. Este período de início de ano é complicado, porque precisamos de todos os servidores atuando - explica Filho.
Funcionário que se passava por médico é detido por abusar de gestantes no Husm
Após as investigações, a comissão indica qual deve ser a punição aplicada ao servidor: advertência, suspensão ou demissão. Como há uma determinação judicial para que ele fique afastado de locais pertencentes a UFSM, o assistente de laboratório não pode trabalhar, mas continua recebendo seus vencimentos.
Justiça nega prisão preventiva de suspeito de ter abusado de gestantes no Husm
No último dia 18, a Polícia Federal indiciou o homem por violação sexual mediante fraude seis vezes, já que foram identificadas seis gestantes vítimas do servidor. Ele aguarda o julgamento em em liberdade. Em interrogatório na PF no dia 25 de fevereiro, por orientação do seu advogado, Leonardo Sagrilo Santiago, o homem usou o direito de permanecer em silêncio. Conforme o defensor, seu cliente só vai se pronunciar no decorrer do processo.
Abuso sexual
Processo que define demissão de servidor suspeito de abuso é prorrogado pela quarta vez
Processo Administrativo Disciplinar vai definir se homem será demitido ou não
Naion Curcino
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