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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu ao juiz Sérgio Moro acesso às investigações da 23ª fase da Lava-Jato, que levou à prisão o marqueteiro das campanhas de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014) João Santana. O objetivo é analisar a viabilidade do impeachment da presidente, que está em pauta na Câmara dos Deputados desde o ano passado. As informações são do blog do jornalista Fausto Macedo no Estado de S.Paulo.
A iniciativa do conselheiro Erick Venâncio Lima do Nascimento faz parte dos trabalhos da comissão interna criada pela entidade em outubro para analisar as possibilidades de afastamento de Dilma do ponto de vista jurídico.
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Diante da nova etapa da Lava-Jato, a comissão interna decidiu dar continuidade aos trabalhos e pediu informações ao juiz federal responsável pela operação no Paraná. Deflagrada na segunda-feira, a "Acarajé" levou para a prisão João Santana e sua mulher e sócia Mônica Moura pelo casal ter recebido ao menos US$ 7,5 milhões em uma conta não declarada no exterior entre 2012 e 2014.
O rastreamento do dinheiro mostrou que parte dos repasses foram feitos pela empreiteira Odebrecht no exterior e parte pelo lobista Zwi Skornicki, apontado como operador de propinas no esquema de corrupção na estatal petrolífera.
Inicialmente eles foram presos temporariamente por cinco dias, mas diante de novos elementos encontrados pelos investigadores o juiz Sérgio Moro decidiu prorrogar a prisão por mais cinco dias.