Um presente para Iemanjá e outro à natureza. Desta forma, integrantes da Federação Afro Umbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul (Fauers) celebram o 2 de fevereiro, também dia de Navegantes, em Cidreira, no Litoral Norte. Há uma década, a entidade criou a oferenda ecológica para ser entregue ao mar na data de homenagem à Rainha do Mar.
Segundo o presidente da entidade, Everton Alfonsin, o objetivo é não agredir a natureza. Por isso, no lugar de madeira e espelhos, que demoram para se decompor, o barco de 30cm de comprimento ganha forma biodegradável, com papel, cola caseira e tinta guache. Neste ano, a Fauers produziu 450 barquinhos que serão deixados no mar de Cidreira depois da procissão luminosa, na noite de 1º de fevereiro, que reunirá os adeptos das religiões de matriz africana.
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- Os barcos são uma forma de a entidade colaborar com a preservação do meio ambiente. Eles levam cerca de duas horas para se desmancharem - explica a pedagoga Inês Pacheco, mulher de Everton, e uma das idealizadoras do barco biodegradável.
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Para Inês, mais do que deixar o barco no mar, a oferenda é o que antecede a cerimônia. Cada barco leva cerca de um dia para ser finalizado. É preciso esperar a goma - cola feita à base de farinha - secar para que o papel-jornal possa ser manuseado até ganhar o formato ideal. Pronto, o barquinho custará, em média, R$ 10. A oferenda ecológica pode carregar pedidos escritos em papel crepom , rosas - apenas as pétalas -, perfume - apenas o líquido - e oferendas em cera.
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- Oferenda é se dedicar para fazer algo. No caso, o presente para Mãe Iemanjá - acredita a pedagoga.
Até o dia da festa, a Fauers estará num estande na Concha Acústica, de Cidreira, trocando os barcos por alimentos não perecíveis - 3kg, cada - ou vendendo-os a R$ 10. Os alimentos serão destinados ao Lar dos Idosos São José, de Canoas.
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Passo a passo para fazer seu barco
Material
Folhas de jornal
Goma: feita com farinha de trigo, água e vinagre
Papel crepom: para decorar o barco
Tinta guache
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Modo de fazer
Iemanjá
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