As quatro manifestações simultâneas realizadas nesta terça-feira contra o aumento da tarifa no transporte público coletivo terminaram à noite, após reunirem manifestantes na região central, zona sul e zona leste de São Paulo. A maior concentração ocorreu na área central, onde a passeata partiu do cruzamento das avenidas Faria Lima e Rebouças, passou pela Avenida Paulista e seguiu até a prefeitura.
Os protestos foram pacíficos porém, durante a dispersão de um deles, houve um tumulto em frente à Estação República do Metrô, no Centro. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral para dispersar um grupo que bloqueou a Avenida Ipiranga. Manifestantes colocaram fogo em caçambas de lixo.
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Mesmo antes do início do ato, a Polícia Militar (PM) deteve duas pessoas portando martelo, estilingue, máscaras e luvas. Elas foram encaminhadas para o 14º DP, em Pinheiros. Uma segunda caminhada partiu também do cruzamento das avenidas Faria Lima e Rebouças até chegar ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o aumento da tarifa, o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin.
Na manifestação desta terça-feira, o policiamento foi menos ostensivo que nas anteriores, com pouca presença da Tropa de Choque. Não foram registradas ocorrências nas quatro passeatas. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente do Povo sem Medo realizaram outras duas manifestações contra o aumento das tarifas. Uma delas saiu das proximidades do metrô Capão Redondo, Zona Sul, e seguiu até o terminal de ônibus João Dias.
Na segunda, os manifestantes saíram do metrô Itaquera em caminhada pela Avenida Radial Leste, com destino à estação Guilhermina Esperança. De acordo com o MTST, os protestos reuniram 7,5 mil e 5 mil pessoas, respectivamente.
– Centavos aumentando a tarifa é menos comida no nosso prato e menos comida na geladeira – afirmou a coordenadora do MTST, Agnes Caroline, que acompanhou o ato na Zona Leste.
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Segundo ela, a periferia está contra o aumento e o grupo vai continuar na rua. Agnes também acrescentou que o MTST repudia a ação violenta da PM e que deve haver uma resposta política para as reivindicações da população, não uma resposta da polícia. O MPL informou que haverá nova manifestação contra o aumento da tarifa na próxima quinta-feira, com saída do Terminal Parque Dom Pedro II, com concentração às 17h.
* Com agências
