Uma nova rodada de negociação ocorreu nesta quinta-feira entre representantes de entidades patronais, de trabalhadores e do governo do Estado para discutir o salário mínimo regional. O grupo trabalha na elaboração de um denominador comum a ser apresentado ao governador José Ivo Sartori. Como não houve consenso, a discussão terá continuidade na quarta-feira da próxima semana, às 8h, na Secretaria do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, em Porto Alegre.
– Precisamos quebrar paradigmas para chegar a uma conta justa dentro do momento do Estado. Este é um passo importante para o fortalecimento do Rio Grande do Sul – disse o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco.
No início da negociação, na segunda-feira, os representantes dos trabalhadores apresentaram uma pauta unificada que defende o índice de reajuste de 11,55% do salário mínimo regional a partir de 1° de janeiro de 2016. Porém, os empresários não concordam com o reajuste. Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor Müller, é preciso levar em conta a situação econômica do país, pois um aumento excedente poderia elevar o índice de desemprego.
– Sugerimos pagar uma parte do que está se pedindo agora e realizar uma nova rodada de conversas em maio de 2016 – explicou Müller.
No entanto, mesmo considerando que houve evolução nas tratativas, os representantes dos trabalhadores exigem a reposição da inflação de 10,97% referente ao período entre 1º de dezembro de 2014 e 30 de novembro de 2015.
– Não abrimos mão da reposição da inflação do período como forma de recuperar o poder de compra dos salários – afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Claudir Nespolo.
– Também defendemos a construção de uma política permanente de reajuste do mínimo regional, procurando estabelecer uma fórmula, a exemplo da lei federal que trata do aumento do salário mínimo nacional – acrescentou.
* Zero Hora