Mauro Londero Hoffmann será o último dos quatro réus do processo criminal sobre o incêndio na boate Kiss a ser interrogado. A audiência será nesta quinta-feira, às 13h30min, no Foro Central, em Porto Alegre.
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Diferente dos demais acusados, que foram ouvidos em Santa Maria, o empresário e ex-sócio da casa noturna, falará à justiça na Capital. Segundo os advogados dele, porque tem o direito de ser interrogado na cidade em que mora. A sessão será no prédio 2, no térreo, sala 106, no Auditório Teatro. Um grupo de familiares de vítimas da tragédia irão a Porto Alegre para acompanhar a sessão.
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Depois do depoimento de Mauro, o juiz Ulysses Fonseca Louzada, que conduz o processo, e irá a Porto Alegre para interrogar o réu, abrirá prazo para alegações escritas, fase que antecede a decisão sobre se o caso irá ou não a júri popular.
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Os defensores de Mauro dizem que ele vai responder a todas as perguntas e que pode surpreender com as declarações. Até o momento, a tese da defesa é de que Mauro era um sócio investidor e não decidia sobre as questões do dia a dia da boate. Versão que foi confirmada pelo outro ex-sócio, Elissandro Spohr, à justiça na terça-feira.
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Mauro protagonizou um alvoroço na imprensa local ao aparecer na audiência em que foi ouvido o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, no dia 24 de novembro em Santa Maria. Deixou o Salão do Júri 15 minutos depois de ter chegado, naquele dia, e não compareceu nas sessões seguintes, porque o Ministério Público não permitiu que os réus que ainda não tivessem sido ouvidos assistissem aos depoimentos dos outros acusados.
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Mauro, Kiko, Marcelo e o assistente de palco Luciano Bonilha Leão são acusados por homicídio com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de matar) qualificado (por asfixia, incêndio e motivo torpe) de 242 pessoas e tentativa de homicídio de outros mais de 600 feridos decorrentes do incêndio na casa noturna em 27 de janeiro de 2013.
De acordo com o advogado Bruno Menezes, o réu estaria ansioso para falar. Aos 50 anos, Mauro estaria fazendo trabalhos na área de formação dele, Administração de Empresas, na Capital. Desde que saiu da prisão, em maio de 2013, estaria vivendo com a ajuda de familiares, após ter tido os bens bloqueados pela Justiça logo após o incêndio.
Caso Kiss
Mauro Hoffmann será interrogado nesta quinta-feira em Porto Alegre
Ele é o último dos quatro réus do processo criminal sobre o incêndio na boate Kiss a ser ouvido
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