O que podemos esperar do Brasil no apagar das luzes de 2015? Por mais que os indicadores econômicos e as projeções apontem para a continuidade da crise, como empresários e como cidadãos queremos muito crer que a luz no final do túnel seja acesa e ilumine os caminhos do desenvolvimento e do progresso.
Ainda que muitos de nós gostaríamos de esquecer este ano, 2015 entra para a história como uma virada de página na corrupção e, quem sabe, na impunidade, pois, independentemente da posição de cada um, todos somos iguais perante a lei.
A Justiça brasileira tem em mãos a oportunidade histórica para provar sua relevância como instituição e devolver a confiança aos brasileiros que cultivam, no momento, o sentimento de vergonha ao ver as principais lideranças envolvidas em tantos escândalos, muitas das quais já presas. Não se imaginava, também, o peso da mobilização das pessoas nas ruas e o poder das mídias sociais e muito menos a abertura de um processo de impeachment que está parando de vez o país.
Mesmo sabendo que o Brasil continuará em crise em 2016, não podemos desanimar. Temos o dever de continuar buscando alternativas para voltarmos a gerar riqueza e empregos. É preciso manter o equilíbrio do forte espírito empreendedor, empenhando-nos, com responsabilidade, em adequarmos as estruturas ao atual momento de mercado de modo a enfrentarmos, melhor preparados, os novos tempos.
Como agentes de transformação, fizemos a lição de casa e estamos prontos para os desafios. O ciclo, entretanto, precisa ser completado. Os governos anunciaram mudanças e cortes de despesas, mas ainda não abandonaram o discurso para adotarem medidas práticas e efetivas que gerem reais benefícios à sociedade.
O Brasil público e o privado devem andar juntos na direção da eficiência em todas as áreas. Simultaneamente, os brasileiros esperam ações da Justiça para agilizar os processos que envolvem desvios de recursos públicos para restabelecer a ética ferida e para que se possa retomar os necessários investimentos em infraestrutura, suporte para o desenvolvimento.
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Opinião
Daniel R. Randon: 2015, uma virada de página na corrupção?
Artigo do vice-presidente de Administração e Finanças da Randon S.A Implementos e Participações e Presidente da Fras-le
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