Além das supostas fraudes com diárias, exigência de dinheiro de funcionários e na indenização veicular no gabinete do deputado Mário Jardel (PSD), o Ministério Público investiga desvios de verbas publicitárias da Assembleia para o parlamentar e um assessor. O MP encontrou indícios de que houve superfaturamento na contratação de espaço comercial em um periódico da cidade, no qual foram feitas buscas nesta segunda-feira.
O esquema funcionaria da seguinte forma: cada deputado tem direito a um determinado valor anual para veicular anúncios sobre o mandato (cerca de R$ 33 mil). A operação é intermediada por uma agência de publicidade vinculada ao Legislativo. Segundo o MP, um assessor de Jardel, que é publicitário, contratou propagandas por valores acima do preço convencional.
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Quando as verbas eram repassadas ao jornal, o dinheiro seria dividido com Jardel. As planilhas mostram anotações com o nome do próprio deputado, indicando que ele teria recebido R$ 1.356,06 em junho, quando foi paga uma parcela de R$ 3.570 da negociação, e R$ 3.258,50 em julho, quando a prestação foi de R$ 8.575.
Procurado pela reportagem, o advogado de Jardel, Christian Vontobel Miller, afirma "desconhecer" o suposto esquema:
– Tudo que foi feito por Jardel no gabinete foi dentro da lei.
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juliano rodrigues
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