Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira, o Movimento Unificado - composto por 44 entidades que representam funcionários públicos estaduais - recomendou a suspensão da greve a partir desta sexta-feira. Porém, conforme o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado (Fessergs), Sérgio Arnoud, os servidores devem continuar em "estado de greve", ou seja, retomarão as paralisações sempre que um fato novo acontecer. Em caso de novo atraso da folha salarial, a greve será retomada "igual ao número de parcelas".
- A cada novo parcelamento de salários, iremos parar três dias. Se o salário for parcelado em três vezes, serão três dias de paralisação em cada parcela. Parcelou o salário, parcelou o trabalho - afirmou Arnoud.
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Algumas categorias já aderiram à nova recomendação da entidade. O Cpers definirá o rumo da greve em assembleia marcada para as 14h desta sexta-feira.
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Nesta quinta-feira, estão sendo depositados R$ 800 na conta dos servidores, referente à segunda parcela dos salários. A primeira, de R$ 600, foi quitada em 31 de agosto. As próximas partes, para quem receber acima do valor já depositado (R$ 1,4 mil), serão pagas nos dias 15 e 22 de setembro.
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Os servidores prometem pressionar os deputados na Assembleia Legislativa na próxima terça-feira, quando serão votados os projetos de seu interesse. O movimento é contra o parcelamento dos salários e a favor da votação do projeto de lei dos depósitos judiciais. Também está lutando pela pela retirada do projeto 206/2015, que congela os investimentos nos serviços públicos, do projeto das RPVs e do projeto da Previdência Complementar.
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Na reunião desta quinta-feira, também foi definida participação das categorias em ato contra o projeto que aumenta alíquotas do ICMS, no dia 22 de setembro. Por estas razões, haverá paralisação nos dias 15 e 22 de setembro.
- A partir do dia 16, também retomaremos as caravanas pelo Interior, nas bases dos deputados, para garantir apoio contra os projetos do governo - disse o presidente da Fessergs.
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Segundo a entidade, os servidores já apresentaram alternativas para o governo e entendem que "aumento de impostos e congelamento de investimentos não são soluções para os problemas".
*Zero Hora