A Brigada Militar ainda não sabe dizer se o oficial que mandou jornalistas procurarem o Batman diante de um alerta sobre risco de assaltos num evento noturno no parque da Redenção será punido. Responsável pelo policiamento da Capital, tenente-coronel, Mário Ikeda, entede que a resposta foi inapropriada, mas ressalta que WhatsApp não é um canal oficial da instituição e que a população deve acionar o número 190 para ocorrências.
Tenente-coronel, em qual batalhão serve o Batman?
Ah, amigo, não vou lhe responder esta pergunta.
Qual a orientação que é dada em caso de denúncias por WhatsApp?
A Brigada Militar deve ser acionada através do número 190. Esse é o número nacionalmente divulgado. Não que não possa ser feito alguma denúncia pelo WhatsApp, mas é a regra é o 190. Grupos de WhatsApp são feitos para as pessoas em que existe alguma relação próxima. Não é um canal oficial de relacionamento da instituição.
Então, a Brigada não deve aceitar denúncias pelo WhatsApp?
A BM não tem um canal de WhatsApp para receber ocorrências policiais. Não existe este canal oficial.
Mas é um canal de comunicação de qualquer maneira.
Mas não para a população em geral contatar a instituição. Respondemos mensagem por WhatsApp para quem mantemos uma relação. Foi dada uma divulgação exagerada sobre o fato. Acho que foi uma resposta equivocada mesmo não sendo um canal formal. Ele respondeu assim porque conhecia as pessoas. Mas que foi equivocado foi.
A resposta só foi em tom de brincadeira por que havia uma relação entre os interlocutores?
Certamente. Não foi uma resposta oficial da Instituição.
Haverá alguma mudança na orientação para responder mensagens por WhatsApp?
Este canal é uma postura de cada unidade que busca ter com um grupo de moradores ou jornalistas, por exemplo. Não é algo que a instituição regre.
Haverá alguma punição por conduta como essa?
Ainda vamos avaliar, amigo.
Há uma previsão para o pronunciamento oficial da BM sobre o caso?
Vamos avaliar a partir de segunda-feira e não temos prazo.
O Comando de Policiamento da Capital (CPC) enviou uma nota oficial no final da tarde deste domingo. Leia a íntegra:
Nota de esclarecimento do Comando de Policiamento da Capital (CPC)
As declarações do comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Vieira, foram feitas em ambiente virtual informal, que não constitui canal oficial de comunicação de ocorrências da Brigada Militar. Portanto não expressaram uma resposta Institucional. Ressaltamos ainda, que o 9º BPM sempre cumpriu com seus deveres de polícia ostensiva no sua área de atuação (Centro de Porto Alegre), procurando atuar preventivamente, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem pública.