A Itália suspendeu, novamente, a extradição de Henrique Pizzolato para o Brasil, após o Conselho de Estado acatar um recurso impetrado nesta sexta-feira pelo advogado do petista. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
É a segunda vez que uma instância administrativa - teoricamente sem poder para reverter a extradição decidida pela mais alta corte do país e pelo Ministério da Justiça - impede a devolução de Pizzolato sob alegação de revisar os procedimentos formais da decisão da extradição. A decisão tem caráter provisório, segundo a informação recebida pela embaixada brasileira em Roma.
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O Conselho de Estado, que barrou a extradição, é um colegiado formado por parlamentares e juristas e é a última instância da Justiça administrativa da Itália.
A notícia da suspensão da extradição causou surpresa e revolta entre diplomatas brasileiros em Roma que haviam discutido os detalhes da extradição do petista com autoridades dos ministérios do Interior e da Justiça italianos.
Uma equipe de policiais federais - um delegado e três agentes - já estava no aeroporto de Brasília para embarcar para a Itália, quando foram informados de que a operação para repatriar o condenado fora abortada.
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O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, mas fugiu para a Itália antes de ser preso.