A audiência desta terça- feira foi marcada pela presença inesperada de um dos ex-sócios da Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko. Até hoje, ele só havia comparecido em audiências em Porto Alegre.
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Kiko chegou ao Fórum de Santa Maria um pouco antes das 14h, horário previsto para início da sessão. Durante parte da audiência, Kiko se manteve cabisbaixo. Falou por algumas vezes com o seu advogado, Jader Marques. Saiu do Salão do Júri por pelo menos três vezes por alguns minutos e retornou. Pareceu tranquilo na maior parte do tempo.
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Segundo Marques, Kiko sempre manifestou a vontade de vir às audiências. Mas, havia um entendimento do defensor de que não era o momento, em função da tensão que envolvia o caso.
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- Ele tinha medo de ser hostilizado, mas sempre manifestou o desejo de vir. Tivemos problemas em algumas audiências, mas as coisas foram acalmando. Disse a ele: "se tu tinhas aquela vontade, agora é o momento.".
Kiko não quis falar com a imprensa. Ele também não foi hostilizado pelos familiares das vítimas, como temia. Apesar de a sessão ter tido um número maior de pais presentes do que de costume (cerca de 20 foram ao fórum), todos demonstraram tranquilidade com a presença de Kiko. Houve comentários sobre a surpresa, mas nenhum em tom hostil ou de revolta.
- Pedimos calma e paciência para os pais porque não queremos que nada atrapalhe o processo - disse Flávio da Silva, presidente do Movimento Santa Maria do Luto à Luta.
Na sessão desta terça, é ouvido o arquiteto Rafael Escobar de Oliveira, ex-funcionário da prefeitura de Santa Maria. Oliveira foi o profissional do então Escritório da Cidade que analisou o projeto de reforma encaminhado pela Kiss à prefeitura à época da abertura do estabelecimento, em junho de 2009. Ele apontou que deveriam ser feitas 29 modificações para que o local se adequasse à legislação, inclusive sobre itens de segurança, como as portas de emergência.
