A pedido da cúpula do Piratini, a direção da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) vai contratar uma consultoria para fazer um raio X nas 14 praças de pedágio sob sua administração. O objetivo do levantamento é definir o planejamento da EGR para os próximos três anos, saber quais trechos são passíveis de concessão à iniciativa privada e se há necessidade de mudar algum pedágio de lugar. Embora evite criticar o governo Tarso Genro, responsável pela criação da empresa, a diretoria da autarquia entende que o estudo de viabilidade já poderia ter sido feito pela gestão passada.
Um dos pontos que serão analisados pela consultoria é a possibilidade de fechar algumas praças durante a madrugada. O pedágio de São Francisco de Paula, na ERS-235, é citado como um dos que têm prejuízo à noite devido ao fluxo reduzido de veículos.
- É alto o custo de ter alguém na cabine atendendo, de ter um guarda, um supervisor. Precisamos ver se a localização das praças está correta, se atende à demanda da forma mais correta. São essas as situações que serão analisadas. A EGR é uma empresa nova, que está engatinhando - afirma o diretor técnico, Milton Cypel.
O trabalho deve ser concluído em até 90 dias e, a partir do estudo, o Estado poderá dar sequência à ideia de fazer parcerias público-privadas para a administração de determinados trechos. O governo avalia que se estabeleceu uma defasagem na restauração das estradas desde o início das concessões, no governo Antônio Britto. As concessionárias entregaram as rodovias em condições ruins, em 2013, e o governo petista não conseguiu reverter o quadro. A alternativa é um novo plano de PPPs que aumente as obrigações das concessionárias.
Após a conclusão do estudo, a EGR também vai analisar o preço das tarifas. Segundo a direção da empresa, cada praça de pedágio possui uma característica distinta e, por isso, alguns locais podem ter aumento no valor cobrado, e outros, redução.