Um ano após o desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines, permanece o mistério sobre o que teria ocorrido com o voo MH-370. Apesar de o governo malaio afirmar que mantém esperança de uma resposta às famílias, relatório divulgado neste domingo em Kuala Lumpur revoltou parentes e amigos dos desaparecidos. O motivo é que o documento não apresentou nenhum dado novo. O material chegou a ser descrito como "inútil" e "sem sentido.
O novo relatório não defende qualquer hipótese particular, apenas indica que nenhum comportamento suspeito foi registrado entre os membros da equipe. O investimento nas buscas deve somar US$ 60 milhões. Conforme o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, se a operação não surtir efeito, o país vai realizar "outras buscas" em área de 60 mil quilômetros quadrados.
- Devemos isso às famílias das vítimas - disse Abbott.
As equipes já rastrearam 40% da área apontada como prioritária, a cerca de 1,8 mil quilômetros da Austrália, onde um grupo de investigadores que analisou as últimas transmissões acredita que o avião possa ter caído.
O MH-370, que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim, desapareceu dos radares 40 minutos depois da decolagem, em 8 de março de 2014, com 12 tripulantes e 227 passageiros a bordo, dos quais, dois terços eram chineses. Até o momento, a explicação mais plausível para o desaparecimento fornecida pelos investigadores é que tripulação e passageiros perderam a consciência devido a uma queda brusca de oxigênio a bordo. O avião teria continuado a voar no piloto automático até cair no mar, uma vez esgotado o combustível.
Sem sinal
8/3/2014: o voo MH-370 da Malaysia Airlines com 239 passageiros decola de Kuala Lumpur para Pequim. Contato é perdido 40 minutos depois. Nenhum relato de problemas foi feito pela tripulação.
Ainda em março: área de busca é ampliada depois que dados captados por satélites mostram que avião voou horas depois de perder contato. Em novo ajuste, buscam passam a se concentrar a nordeste.
2º semestre: equipes definem faixa a 1,8 mil km da costa oeste da Austrália como o foco das buscas. O fundo do mar começa a ser rastreado de forma tridimensional. Mesmo assim, nada é encontrado.