Com a presença do presidente Barack Obama, da primeira-dama Michelle e das filhas do casal, Malia, 16 anos, e Sasha, 13, a cidade de Selma, Alabama, relembra neste sábado os 50 anos de um episódio chave na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.
No dia 7 de março de 1965, que passou à história como Domingo Sangrento, uma marcha pacífica de cerca de 600 manifestantes dirigiu-se de Selma a Montgomery, capital do Alabama, para reivindicar pleno direito ao voto para a população negra do Estado. Bloqueados na altura da Ponte Edmund Pettus, sobre o Rio Alabama, os participantes foram violentamente atacados pela polícia. A repressão brutal, exibida ao vivo pela TV, comoveu a população e marcou o início do fim das chamadas Leis Jim Crow (Jim Corvo), que sustentavam a segregação racial nos Estados sulistas.
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Duas semanas depois do incidente, uma nova marcha de 90 quilômetros partiu de Selma, tendo à frente o reverendo e futuro Nobel da Paz Martin Luther King. Em 6 de agosto daquele ano, o presidente Lyndon Johnson assinou a lei que estabelecia o direito de voto para todos.
- Hoje quero dizer à cidade de Selma, hoje quero dizer ao estado do Alabama, hoje quero dizer ao povo dos EUA e às nações do mundo que não vamos recuar. Estamos em movimento agora - disse Luther King na época.
Estados Unidos
Marcha em Selma pelos direitos civis completa 50 anos
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