A atual sede da Arxo, empresa investigada na nova fase da Operação Lava-Jato
da Polícia Federal (PF), fica em Balneário Piçarras, mas a companhia produtora de tanques de combustíveis e os sócios-proprietários são naturais de Itajaí.
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Foi na principal cidade portuária de SC que os irmão Gilson Pereira e João Gualberto Pereira Neto começaram a trabalhar com solda e reparo de tanques ajudando o pai, Wilson Pereira, entre as décadas de 1960 e 1970, quando a Arxo ainda se chamava Solda Pereira.
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Naqueles tempos, a empresa, fundada em 1967, era de pequeno porte localizada na zona industrial do bairro Cordeiros, um dos mais populosos da cidade. Foi nesta região que os irmãos Pereira cresceram antes de assumirem os negócios da família, o que ocorreu apenas na década de 1990.
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Sob administração dos irmãos, a Solda Pereira tornou-se a Sideraço, nome bastante conhecido em Itajaí, usado também em um popular posto de combustível da cidade que pertencia à empresa há cinco anos, quando foi vendido para terceiros.
Segundo empresários de Itajaí, decidiram transferir a Sideraço para Piçarras por conta dos incentivos fiscais ofertados pela prefeitura da cidade litorânea. Lá foi renomeada para Arxo Industrial Brasil.
Contam os industriais locais que a Arxo (e a Sideraço) sempre teve como principal cliente a Petrobras e que o grande volume de dinheiro que acumulou nos últimos anos se deu a partir da fabricação de tanques subterrâneos usados em postos de combustível da bandeira da estatal.
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Hoje, a antiga sede da Solda Pereira tornou-se um campo de futebol indoor. Já a fábrica da Sideraço deu lugar para a Veryx - do grupo Arxo - que atua no ramo metalmecânico. Os presos seriam acusados de fraude a licitação, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. O Diário Catarinense tentou contato com o advogado da empresa Charles Zimermann, mas ele não retornou às ligações.
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