A brasileira Marila Graciela Ribeiro mora em Paris desde 2012. A administradora, que foi para a Cidade Luz fazer mestrado na área de finanças, conta que a população está em choque por causa do atentado que matou 12 pessoas na revista Charlie Hebdo.
- A Charlie é um orgulho para os franceses - contou Marila, que é de Joinville e precisou acalmar os conhecidos pelas redes sociais, pois muitos ficaram preocupados com a violência do crime.
Quando questionada sobre como estava a cidade nesta quarta-feira, Marila contou que o alerta vermelho contra terrorismo foi dado e que toda a imprensa só fala sobre o caso.
Ela não estava próxima ao local no momento e só soube do atentado às 13h30, quando colegas de trabalho que têm filhos começaram a receber telefonemas das escolas pedindo para que fossem buscar as crianças, pois não haveria mais aulas.
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- Trabalho no Aeroporto Orly e, quando saí para pegar o trem, vi que o local estava repleto de homens do exército - conta.
- Não estou com medo. Nós sabíamos que a polícia iria prender os culpados. E, depois, o Estado colocou muitos policiais nas ruas. Neste momento (18h30 em Brasília, 21h30 em Paris), muitas pessoas estão protestado na Praça da República.
Na noite desta quarta, Marila ainda estava na expectativa para saber se a vida voltaria ao normal nesta quinta.
- Estou monitorando o site da empresa de transporte para saber se haverá alguma mudança.
Ela conta que a população está revoltada com o crime.
- No sábado, haverá uma marcha e eu irei. Muita gente vai. Os artistas mortos são muito admirados pelos franceses. Eu também gostava deles. Faziam tiras muito divertidas e inteligentes - lamenta.
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Luto na Charlie Hebdo
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Joinvilense conta que Cidade Luz está em choque com a violência do crime
Marina Andrade
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