A jornalista Laura Gertz está em Paris e conversou ao vivo por volta das 15h (horário de Brasília) desta sexta-feira com o repórter de ZH Rodrigo Lopes sobre o clima de tensão na capital francesa. Em frente ao mercado de produtos judaicos em Porte de Vincennes, leste de da cidade, onde um terrorista acabou morto após invadir o local com duas armas e fazer cinco reféns, ela relatou a ação policial e o medo que tomou conta de uma das principais cidades do mundo após a invasão da revista Charlie Hebdo e a morte de 12 pessoas.
Novas ações terroristas em Paris
Dois novos ataques foram registrados na manhã desta sexta-feira na França. O primeiro ocorreu em uma fábrica em Seine-et-Marne, a nordeste de Paris. Os responsáveis foram os irmãos que atacaram a Charlie Hebdo. Eles acabaram mortos pela polícia.
O segundo foi informado pela imprensa francesa no início da tarde (horário local). Um homem abriu fogo em um centro comercial judeu, em Porte de Vincennes, no leste de Paris. Inicialmente, a agência de notícias AFP havia informado que duas pessoas foram mortas no local - a informação foi negada pelo Ministério de Interior da França. O atirador pode ser o responsável pela morte da policial em Montrouge nesta quinta, dizem jornais locais.
Conheça o perfil dos responsáveis pelo ataque à Charlie Hebdo
No mapa, confira o local dos ataques em Paris
Confira as fotos da movimentação no entorno da fábrica:
Fábrica fica a cerca de 40 quilômetros a nordeste de Paris:
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Como foi o atentado em Paris
Três homens atacaram a sede da revista satírica francesa Charlie Hebdo, em Paris, matando pelo menos 12 pessoas. Os homens encapuzados, armados com fuzis Kalashnikov, entraram no escritório por volta do meio-dia (9h de Brasília) desta quarta-feira e abriram fogo, deixando 12 vítimas fatais - 10 jornalistas e dois policiais
Pelo menos cinco pessoas estão em estado grave. Após trocar tiros com a polícia, os terroristas fugiram do local em um carro dirigido por uma quarta pessoa em direção ao nordeste de Paris. As informações são do jornal The Guardian e da BBC News. Entre os mortos, estão o jornalista, cartunista e diretor do semanário, Stephane Charbonnier, conhecido como Charb, e três cartunistas: Cabu, Wolinski e Tignous.
Charlie Hebdo é uma revista satírica semanal conhecida pelo envolvimento em polêmicas. Um dos seus últimos tweets foi uma charge do líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. O semanário já havia sido alvo de outros atentados: em 2011, a sede foi incendiada após a publicação de charge sobre o profeta Maomé.
Al-Baghdadi representado em charge recente da revista
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Vídeo mostra terroristas executando policial na saída da sede:
Confira imagens do local do atentado: