O inquérito sobre as relações do comissário Nilson Aneli com o traficante Alexandre Madeira, o Xandi, apura as informações que ele pode ter acessado a partir da senha que tinha como policial. Uma auditoria está sendo feita para verificar se Aneli buscou dados no sistema Consultas Integradas, quais foram e a que assuntos se relacionavam.
Durante quatro anos, Aneli foi chefe da segurança pessoal de Airton Michels, que comandou a Secretaria da Segurança Pública no governo Tarso Genro. O comissário admitiu a Michels que trabalhava como segurança na casa em que Xandi foi morto, dia 4, em Tramandaí. A informação por revelada por ZH nesta sexta-feira. Aneli negou saber do envolvimento do cliente com o tráfico de drogas.
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Sobre o acesso a informações sigilosas, Michels assegura que Aneli não o tinha. Mas como policial, ele podia usar uma senha comum a integrantes da corporação, que permite consultar informações de todo o tipo, como endereços de pessoas, antecedentes criminais e judiciais, ocorrências, inquéritos, passagens pelo sistema penitenciário, fotos, dados de veículos e laços familiares.
O ex-secretário disse que, eventualmente, solicitava a Aneli ajuda em casos sobre os quais recebia queixa de atraso na investigação, mas nada que envolvesse assuntos sigilosos. Para Michels, Aneli disse que trabalhou com o grupo de Xandi apenas no final de semana em que ocorreu o crime. Teria sido chamado pelo sobrinho de uma ex-mulher, Marcelo Mendes Ventimiglia. A Corregedoria da Polícia apura se o comissário trabalhava havia mais tempo como segurança do criminoso.
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