Os jornalistas e cartunistas da revista francesa Charlie Hebdo retomaram as atividades nesta sexta-feira, em Paris. O clima era de profunda dor pela perda dos 12 colegas, no atentado de quarta-feira. Eles se instalaram na sede do jornal Libération, que ofereceu sua estrutura para que os trabalhos da revista prosseguissem.
Pouco antes de meio-dia (horário local), alguns desenhistas e jornalistas sobreviventes do ataque se reencontraram com outros companheiros na sede do Libération, onde realizaram uma reunião.
Richard Malka, Advogado e colaborador da Charlie Hebdo, anunciou que a próxima sairá na próxima quarta-feira, com uma tiragem de um milhão de exemplares, em vez dos habituais 60 mil.
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- A pouca energia que nos resta colocaremos nas oito páginas do próximo número - garantiu Malka.
Laurente Léger, jornalista da revista, relatou a France Info as dificuldades de produzir esse número.
- Não sei bem como vamos fazer. Faremos algo, não sei como, quando... Enfim, vamos trabalhar nisso entre hoje e segunda-feira, que é a data de fechamento. Eu sei que Charb e os outros iriam querer que a revista saísse e que disséssemos que existimos.
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Durante a reunião, a equipe da Charlie Hebdo foi surpreendida pelo primeiro-ministro francês, Manuel Valls, e pela ministra da Cultura, Fleur Pellerin.
Não é só o Libération que auxiliando a retomada das atividades do Charlie Hebdo. Um fundo de apoio foi criado entre os principais jornais da França, com valor de até 300 mil euros (R$ 950 mil). Ainda, o britânico The Guardian anunciou que doará 100 mil libras esterlinas (R$ 405 mil), enquanto o Google concederá mais 250 mil euros (R$ 800 mil) à revista.
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* Zero Hora