O atirador que invadiu um mercado de produtos judaicos em Porte de Vincennes, leste de Paris, por volta das 13h30min (10h30min de Brasília), foi morto pela polícia, em uma ação coordenada com a tomada da fábrica onde estavam dois suspeitos do ataque à revista Charlie Hebdo. Quatro dos cinco reféns morreram durante a ação, conforme a agência de notícias AFP.
O terrorista havia entrado no local com duas armas, fazendo cinco reféns. Anteriormente, a agência AFP havia informado que o ataque contra o mercado resultara em dois mortos assim que foi perpetrado. No entanto, o Ministério do Interior francês negou, posteriormente, ter havido mortes.
De acordo com a BBC, o atirador pode ser o responsável pelo tiroteio que matou uma policial na quinta-feira pela manhã. Ele teria dito a polícia "vocês sabem quem eu sou", em uma referência ao ataque de quinta-feira. Autoridades isolaram a região.
A polícia divulgou a identidade de dois suspeitos: Amedy Coulibaly, 26, seria o autor dos dois tiroteios e Hayat Boumeddiene, 32, seria sua parceira desde 2010. Segundo o The Guardian, Coulibaly, junto com Cherif Kouachi, é seguidor do convicto terrorista Djamel Beghal.
Em paralelo, os suspeitos do atentado à revista Charlie Hebdo, Chérif e Said Kouachi, estão cercados pela polícia em uma fábrica em Seine-et-Marne, nordeste de Paris, desde o começo desta manhã. Eles fizeram pelo menos um refém.
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O que aconteceu
Três homens atacaram a sede da revista satírica francesa Charlie Hebdo, em Paris, matando pelo menos 12 pessoas. Os homens encapuzados, armados com fuzis Kalashnikov, entraram no escritório por volta do meio-dia (9h de Brasília) desta quarta-feira e abriram fogo, deixando 12 vítimas fatais - 10 jornalistas e dois policiais
Pelo menos cinco pessoas estão em estado grave. Após trocar tiros com a polícia, os terroristas fugiram do local em um carro dirigido por uma quarta pessoa em direção ao nordeste de Paris. As informações são do jornal The Guardian e da BBC News. Entre os mortos, estão o jornalista, cartunista e diretor do semanário, Stephane Charbonnier, conhecido como Charb, e três cartunistas: Cabu, Wolinski e Tignous.
Charlie Hebdo é uma revista satírica semanal conhecida pelo envolvimento em polêmicas. Um dos seus últimos tweets foi uma charge do líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. O semanário já havia sido alvo de outros atentados: em 2011, a sede foi incendiada após a publicação de charge sobre o profeta Maomé.
Al-Baghdadi representado em charge recente da revista
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Vídeo mostra terroristas executando policial na saída da sede:
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* Zero Hora com agências