O risco de especulação imobiliária fez com que o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Caxias do Sul encaminhasse a desapropriação de uma área pertencente ao Esporte Clube Juventude.
O projeto começou a ser discutido no ano passado, depois que o Esporte Clube Juventude penhorou a área para pagamento de dívidas. O terreno tem seis hectares e fica entre as Ruas Olímpio Susin, Atílio Andreazza e a Rota do Sol.
Embora pertença ao Juventude, o clube não utilizava a área, já que os campos do centro de treinamento ficam na Rua Atílio Andreazza, do outro lado da Rota do Sol. O projeto entra em primeira discussão amanhã na Câmara de Vereadores. A desapropriação foi avaliada pelo Samae em quase R$ 2,9 milhões.
De acordo com o presidente do Samae, Édio Elói Frizzo, o Conselho Deliberativo do clube e a direção aprovaram o valor. A proposta de compra ocorreu devido à possibilidade de leilão da área e o risco de ocupação, que poderia prejudicar a qualidade da água.
"As águas ao redor da Maestra estão sofrendo um ataque, do ponto de vista da especulação imobiliaria, muito grande, especialmente a partir dos asfaltamentos que aconteceram ali. Então são áreas muito propícias, do ponto de vista do mercado imobiliário. São áreas que estão muito valorizadas", afirmou Frizzo.
O pagamento será recursos do Samae e vai ser realizado por meio de depósito judicial. Isso porque a Justiça deve decidir para quem vai o dinheiro, se para o Juventude ou para os credores. Depois que a incorporação for finalizada, a área será decretada de preservação permanente. Atualmente, o sistema Maestra abastece 30% de Caxias do Sul.
Gaúcha
Risco de especulação imobiliária leva à desapropriação de terreno do Esporte Clube Juventude, em Caxias
Área fica junto à represa Maestra, na zona norte da cidade
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