Foi publicado, na manhã desta sexta-feira (3), no site da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) a autorização para a limpeza e remoção de resíduos do prédio da boate Kiss.
O engenheiro químico da Fepam Mário Kolberg Soares explica que tão logo iniciada a limpeza, os serviços deverão durar sete dias a partir do momento de autorização da Justiça. A Fepam ainda pede que a empresa avise a fundação com um prazo de 10 dias de antecedência.
A Fepam, no entanto, atenta que em decorrência do inquérito civil instaurado, a autorização para o começo dos trabalhos fica condicionada à apreciação prévia e, igualmente, à autorização do Juízo da Primeira Vara Criminal e do Tribunal do Júri, assim como do Ministério Público. A empresa que ficará responsável pelos trabalhos é a Econn Empreendimentos de Turismo e Hotelaria.
Trabalho terá de retirar material da frente e de dentro da boate
O engenheiro químico destaca que a limpeza deverá ser realizada em ambiente fechado. O plano de ação do trabalho contempla a divisão interna da boate em duas áreas. A primeira, onde estava o palco e onde iniciou o incêndio. No local, será feita uma sondagem do solo para saber da concentração de cinzas residuais resultantes do incêndio. A outra frente de trabalhos contempla a remoção do mobiliário e de equipamentos eletrodomésticos.
Os cartazes e os materiais que, hoje, estão fixados na fachada da boate também serão removidos para a colocação de tapumes para os serviços de limpeza:
“Tudo isso é preciso porque lá na frente da boate teremos de colocar tapumes. Haverá necessidade de isolamento da rua e da calçada em frente à área do empreendimento. São várias questões que precisam ser atentadas. O poder público e a Justiça terão de dar esse suporte. Sabemos da comoção e do quão delicada é essa questão”.
Ao fim dos trabalhos de limpeza, o prédio deverá ficar completamente vazio sem qualquer tipo de móvel. O engenheiro destaca que apenas a estrutura do prédio não sofrerá intervenção da empresa:
“A estrutura física ficará completamente limpa. As paredes serão limpas”.
Superada essa etapa, caberá à Justiça definir se haverá ou não uma reconstituição da tragédia.
Confira, aqui, a íntegra do documento da Fepam.