Dois peritos da Marinha do Brasil e um intérprete ficaram cerca de 45 minutos a bordo do no navio MV Niledutch Zebra, na tarde desta sexta-feira (1), para coletar informações da embarcação e dos tripulantes sobre a tentativa de assalto. Um grupo tentou invadir o navio maltês na madrugada de quinta-feira (31), a 16 quilômetros do Porto de Rio Grande. Após a inspeção, o comandante e o imediato foram encaminhados à Capitania dos Portos. Eles vão prestar depoimento.
De acordo com informações da Marinha do Brasil, a tripulação é ucraniana. O navio atracou na manhã detsa sexta no Terminal de Contêineres Rio Grande (Tecon) para descarregar mercadorias a bordo. A Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul informou que as ações criminosas contra as embarcações não são consideradas pirataria.
De acordo com o órgão da Marinha, a afirmação é baseada no decreto da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar que utiliza o termo apenas em ataques realizados em alto mar. Os dois casos ocorreram em território de jurisdição brasileira. Também hoje peritos da Polícia Federal realizaram a coleta de provas no navio maltês.
O navio espanhol Celanova, que também foi invadido, continua no Porto de Rio Grande. O delegado da Polícia Federal (PF), Gabriel Leite, afirmou que não cogita ligação entre as tentativas de assalto e que ainda não tem suspeitos. As duas câmeras com sensores infravermelho para monitoramento durante a noite só devem ser instaladas pela superintendência do Porto de Rio Grande na segunda-feira (4). O mau tempo é o motivo do adiamento da instalação.