Inicialmente prevista para a próxima segunda-feira (5), a reabertura das escolas de Faxinalzinho, no norte do Estado, não está garantida. A região vive tensão nos últimos dias, devido à morte de dois agricultores em confronto com indígenas. O vice-prefeito da cidade, James Torres, afirmou que sem uma ação concreta do Governo Federal, através do Ministério da Justiça, as aulas não serão retomadas devido ao risco no transporte dos alunos.
“As aulas só voltarão depois que o governo tomar uma atitude. Até agora não temos nenhuma certeza”, afirma o vice-prefeito da cidade, James Torres.
As escolas foram fechadas devido à distância de locomoção dos estudantes, já que grande parte mora em zonas afastadas e o acesso é por estradas que já foram bloqueadas por indígenas nesta semana.
Na próxima quarta-feira (7), está prevista a ida do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, à região. Ele viria ao estado nessa semana, mas a morte dos trabalhadores adiou a viagem. A luta entre agricultores e indígenas dura, ao menos, 12 anos. Há a reivindicação por demarcações na região. Mas, para sair, produtores pedem indenização pelas áreas e pelas benfeitorias.
Devido à tensão, o prefeito da cidade, Selso Pelin, decretou situação de calamidade pública e pediu para que a população evite sair de casa.
Caso
Nesta semana, os produtores rurais Anderson Souza, 26 anos, e Alcemar Batista de Souza, 42 anos, foram mortos a tiros e a pauladas após furarem uma barreira formada por índios. O caso é investigado pela Polícia Federal.
