Paralisação de servidores reduz em quase 90% o número de atendimentos na emergência do HPS

O Hospital de Pronto Socorro é o mais afetado pela paralisação, nesta quinta-feira, dos servidores da saúde de Porto Alegre. O número de atendimentos na emergência caiu de aproximadamente 350 pacientes por dia para 40, após seis horas de paralisação. Is dados são do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa). No entanto, a coordenadora do Setor de Urgências da Secretaria Municipal da Saúde, Fátima Ali, contesta os dados apresentados pelo Simpa e minimiza o impacto da paralisação:

“A informação que eu estou acompanhando é de que o movimento está um pouco abaixo do que é nos outros dias; porém, tem, sim, um volume significativo de pacientes sendo atendidos nesses locais. No HPS, tem uma redução mínima de emissão de boletins, mas tem, sim, pacientes sendo atendidos”, defende.

Os municipários afirmam que pessoas com fratura estão sendo atendidas; porém, nesta manhã, a reportagem da Rádio Gaúcha constatou outra realidade. Pacientes que afirmavam ter sofrido fraturas tiveram de procurar outros hospitais, devido ao bloqueio da emergência. O Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, as UPAs da Bom Jesus e Lomba do Pinheiro, além da Unidade Básica da Cruzeiro do Sul também estão com o atendimento afetados.

Em razão da paralisação, o Hospital de Clínicas registrou aumento de 20% na procura por atendimento na emergência, segundo a assessoria de imprensa da instituição. No Hospital Cristo Redentor, o aumento da demanda foi de 25%.

A vice-diretora de administração do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, Denise Xavier Ferreira, destaca que os municipários pedem uma legislação que regulamente a insalubridade, carga-horária única de 144 horas para os profissionais municiparios dos serviços essenciais, a nomeação imediata dos profissionais aprovados no concurso de 2011, além da contratação de novos médicos.

Nesta sexta-feira, às 8h, encerraram-se as 24h de paralisação e os servidores prometem uma caminhada, saindo do HPS até a Prefeitura de Porto Alegre para pedir audiência com o prefeito José Fortunati. No encontro, os servidores pretendem apresentar ao líder do Executivo as reivindicações.